MINI MONÓLOGO DO FINAL PARA UMA ALMA INÚTIL.

O fim de tudo mistura-se com o sabor de café que ainda tenho na boca e com seu último beijo. A essência do meu ser, consiste em fingir que tenho uma vida e fingir que tenho coragem para acabar com a vida que finjo ter, finjindo, assim, ter paz.
Ando lentamente pelo precipício, olhando-o fundo e desejando me afundar cada vez mais na lama que me acompanha. A lama com os ossos de todos que maltratei corrói minha pele e minha força esvai-se.
Desço devagar...
Atravesso o precipício...
E ando até meu ar acabar.

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Glória nua, glória nua
envolta em sujeira e em lixo,
és triste e corrompida.

Até onde fostes por teu esplendor?

Foste ao mais baixo nível do ser humano
e tentou retornar,
e retornou.

Podre, corrupta e suja.

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aham

hoje é meu aniversário



aaaaaaaaaa

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“Nunca peça para o céu

roubar nossos corações”

Enquanto caminhava pelos campos verdes de minha alma

Senti que estavas ao meu lado

Mesmo sem te conhecer

Tu eras mais forte que eu.

Em ti, sinto o gosto do morango maduro ao Sol

E o frescor de uma tarde chuvosa,

Tal como seu suor em meu corpo.

Às vezes sinto esperança na memória perdida.

Quando fui ao mar de meus pensamentos contigo

Sempre fostes o mais delicioso sentimento,

A distância das estrelas é tua,

Para mim, apenas os restos de mais uma hora que não se passa.

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C.I.N.T.I.A.

Cíntia, sinto muito pela sua vida
Sua infância acabou
E você sente dor
Sentia dor...
A maquiagem se borrou
As bonecas se perderam
E seu amor fugiu pelo rombo que há em seu coração.
Cíntia, você deveria ter respeito pelos seus sentimentos
Às vezes é bom seguir o coração
E não confiar na bondade de estranhos.
Não adianta se enganar
Todos sabem que tudo acabou
Seu brilho se apagou.
Não descasque a ferida
Você sabe que o fim está próximo
Você não merece essa vida.

O fim chegou e tudo continua igual,
Acende teu último cigarro,
Veste tua calça nova,
Cíntia,
Teu corpo jovem e cru
Estendido na rua
Cíntia, você não merecia essa vida.

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Motivos, razões e outro tanto...

Enquanto a senhora, já muito batida com os efeitos do tempo limpava os restos do cérebro de sua filha no chão do quarto, tentava imaginar o porquê que a menina se suicidara.
Lembrou da gestação tranquila, do amor depositado naquele feto, de todas as fraldas e roupas felizes. Quando cresceu, apesar do amor dos pais, ela sempre fora quieta, fria e até mesmo melancólica. Ambos progenitores não conseguiam entender a infelicidade daquela ingrata. Cresceu, foi à escola, aprendia tudo, estudava. Frequentou psicólogas e nada. O primeiro susto aconteceu quando ela tinha apenas 8 anos: tentou enforcar-se com a corda que brincava. O pai, apavorado, jamais vira algo assim.
" Aquela menina tem o diabo no corpo" " Soube que ela tentou matar os pais" " Soube que ela foi estuprada" Mas vc sabe, vizinha, que essa guria só nasceu assim porque os pais fizeram bruxaria!?"
Os vizinhos não ajudaram na imagem da menina no bairro e no colégio, e sem tardar foi taxada de " maluca", " satânica", " doidinha" e assim por diante.Os pais mudaram-se daquele bairro e foram para outro lugar. Ela sempre indiferente.
A menina amava seus pais, sim, e muito. O problema é que ela não conseguia demonstrar isso na linguagem comum, a que estamos acostumados a ouvir.Adolescente, bonita, alta, esbelta, longos cabelos cacheados, como uma boneca. Uma boneca cheia de machucados nos pulsos, com profundas olheiras- já que dormia menos que o normal adolescente, doente - pois ela comia menos que o normal adolescente. Os pais relutaram, a menina relutou, mas teve que tomar remédios para dormir e para abrir o apetite.
-Ninguém gosta de remédios, eles só pioram as coisas...- disse a mãe.
- Eu não me importo.- dizia a filha.
Cresceu, adulta. Trabalhava em uma loja, no estoque, no meio das caixas, no escuro. Os pais queriam que ela tivesse vida social, que namorasse, que brincasse e que sorrisse. Mas ela estava cada vez mais morta. Saiu com um rapaz simpático, bonito e que realmente gostava daquele jeito reservado da mocinha. Foram ao cinema, comeram pizza e ela falava apenas o essencial e dava sorrisos amarelos. Ele a beijou e ela não abriu a boca. Ele desistiu. Continuava com sua vida que desgastava a de todos ao redor. Ainda amava os pais e os demais, mas não queria falar.
Sentiu muito frio naquela noite. Levantou-se, apanhou o revolver que comprou utilizando seu salário, sentou-se na cama. Escreveu uma carta de desculpas aos tão dedicados pais, penteou o cabelo e, depois de anos, sorriu, gargalhou, chorou de tanto rir.
Os pais, emocionados, ouvindo as gargalhadas, correram ao quarto branco da jovem, guiados pela leve risadinha. Quando abriram a porta, a menina estourou seus miolos. O sangue , muito vermelho, sujou as paredes brancas. O pai, desesperado, correu de encontro a filha, a abraçou, beijou, chorou:
- Onde erramos?? Ela teve muito amor sempre, e nos amava! Porquê?????
O sangue empapou o pijama azul de barquinhos que ele vestia. os pedaços de seu crânio, cuidadosamente gerado por eles, se desfez como gelatina ao sol. A mãe estava paralisada. Caminhou à cozinha, roboticamente, telefonou à polícia, foi pegou um balde, água , pano e começou a limpar a sujeira. Ela não conseguia pensar, nem falar. O pai, desesperado, colocou a pálida carcaça sobre a cama, e rezou , acendeu velas, beijava freneticamente a mão delicada da menina.
A mãe, limpava os restos da cabeça da filha que ainda estavam no chão.

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dica de site: http://www.psyke.org/pictures/

o site funciona da seguinte maneira: você tira fotos de seus cortes, cria uma pastinha e compartilha com as pessoas curiosas (como eu) que se deliciam com a sua dor.

divertido né?

vale o clique.

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Hai-kai sujo

muitas vezes confundo minha alma com lama
será que a lama é minha alma
ou a alma é minha lama?


MINI MONÓLOGO DO FINAL PARA UMA ALMA INÚTIL.
O fim de tudo mistura-se com o sabor de café que ainda tenho na boca e com seu último beijo. A essência do meu ser, consiste em fingir que tenho uma vida e fingir que tenho coragem para acabar com a vida que finjo ter, fingindo, assim, ter paz.Ando lentamente pelo precipício, olhando-o fundo e desejando me afundar cada vez mais na lama que me acompanha. A lama com os ossos de todos que maltratei corrói minha pele e minha força esvai-se. Desço devagar...Atravesso o precipício...E ando até meu ar acabar.


*-*-*-*-*
sentou-se para descansar comendo seu sanduíche natural de pão com alface e ficou olhando o movimento. carros que vem e vão, pessoas apressadas, e olha só! esquecem de olhar para o lado e ver a vda presente em uma folha de arvore, na poça de água, no canto dos passaros.. no passado esquecido.
daí elas morrem, e nem se lembram da própria vida. já o garoto que pensou nisso comendo seu sanduiche natural não terá vivido em vão, por dinheiro ou por propriedade. ele tem o sanduíche e isso basta.

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"me machuquei hoje para ver se ainda sentia dor"

acredito que a dor é uma maneira válida de ou sentirmos a vida ou sentirmos mais vontade de largar a vida.

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“Nunca peça para o céu
roubar nossos corações”

Enquanto caminhava pelos campos verdes de minha alma
Senti que estavas ao meu lado
Mesmo sem te conhecer
Tu eras mais forte que eu.

Em ti, sinto o gosto do morango maduro ao Sol
E o frescor de uma tarde chuvosa,
Tal como seu suor em meu corpo.

Às vezes sinto esperança na memória perdida.

Quando fui ao mar de meus pensamentos contigo
Sempre fostes o mais delicioso sentimento,
A distância das estrelas é tua,
Para mim, apenas os restos de mais uma hora que não se passa.

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FRIO
FRIO

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Pequeno conto erótico bizarro - mulher

Aline estava voltando para casa. Aquele fora um dia estranho, pela manhã o dia estava ensolarado e, agora, no final da tarde um temporal avançou. Justo neste dia em que ela decidiu deixar seu carro para revisão e estrear seus novos sapatos.
Quando a chuva a pegou de surpresa na rua, decidiu abrigar-se no vão de dois prédios, ao lado de duas grandes lixeiras para esperar a chuva passar e seguir seu caminho normalmente.
Parou de frente para a rua, mas ao olhar para o lado viu um homem.
O homem não era um mendigo, tampouco um homem mal arrumado, era um homem comum, um pouco rústico, mas comum. Olhou a camiseta molhada do homem, que deixava destacado seus braços fortes e o peitoral robusto. Aquele homem era diferente dos homens que ela sempre tivera.
Aline era uma moça muito bonita, loira de olhos verdes, alta e esbelta. Sempre teve os melhores homens e as melhores bolsas. Seus homens eram homens ricos, magros, bonitos como galãs.
Ficou olhando para aquele homem, que nem sequer olhou para ela direito, olhou a calça jeans surrada e apertada, esculpindo um belo corpo. Lambeu os lábios decidiu puxar papo com ele.
- Que chuva né?
-Sim. respondeu o homem, friamente.
-Qual o problema comigo? Será que ele não me achou sexy? Por que ele não me olha?- pensou consigo mesma.

Ela voltou a observar os braços fortes dele, subindo pelo pescoço grosso e passando pela barba rala que ele tinha na face.
Barba... Nunca experimentou uma barba pelo corpo, todos os homens com quem saiu, sempre estavam perfeitos demais, não tinham cheiro de pele, só o cheiro dos melhores perfumes.

Chegou mais perto dele.
- Vi um rato na lixeira, fiquei com medo. - disse para o homem indiferente.
- Você não é acostumada com ratos? Eu já me acostumei. respondeu

Ela decidiu ir um pouco na chuva, mas voltou. De modo que sua blusinha branca de gola ficasse molhada para poder chamar a atenção do homem e quem sabe irem à um motel...

-Moço, me ajuda, arrumar esse sapato. Está todo molhado e escorregadio.
Ele deixou que ela se apoiasse nele para tirar os sapatos.

Tocando naquela pele dura e com um cheiro forte de homem, ficou excitada.
- Garota, você não deveria tirar os sapatos.. você é maluca, pode pisar em algum caco de vidro..
- Não.. eu só quero ajeitar... lhe falei.

Ele finalmente olhou para os seios que apontavam na blusa, olhou os pezinhos de boneca e resolveu aproveitar-se da situação.

Enquanto Aline ajeitava os sapatos e a saia, ele a agarrou pelos ombros, a colocou sobre uma lixeira, lotada de lixo orgânico, a beijou com muita força.

Aline não resistiu, e deixou ser levada e beijada.

Ele a pôs com as pernas abertas sobre a lixeira e brutamente arrancou sua calcinha rosa de renda, jogando no chão. Abriu o ziper da calça e a penetrou. Aline o abraçou, sentindo o cheiro forte dele, sentindo toda a força de um homem de verdade, sentindo a barba raspar em seu pescoço.
Ele abriu a blusa dela, arrebentando alguns botões.

- Beija meus seios, quero sentir tua barba - disse ela
- Não-ele disse, acompanhado de um tapa no rosto perfeito da mocinha

Ela nunca apanhou de ninguém, nisso soltou um gemido mais forte.

Aline achou que fosse ser rasgada, pois nunca havia sido fodida com tanta força. Certo momento ele a pôs de frente, com a cara nos sacos de lixo e disse:
- Empina bem esse rabo para mim.

Ela ergueu muito e esperou a penetração, sofrendo assim uma grande dor, pois ele visitou o lugar em que ela ainda era virgem. O misto de dor, prazer, sujeira e medo a deixaram mais excitada ainda. Estava quase gozando quando mais uma vez ele a mexeu.
-Chupa agora.
A pos no chão e empurrou o pau na boca carnuda dela. Sentindo gosto de merda com libido, ela chupou com muita vontade enquanto era segurada pelos cabelos. Logo ele gozou em sua boca. Sentiu o gosto da porra, que lhe deu repulsa no início, quase vomitando e querendo tirar a boca, mas quando ela tentou tirar, o homem rapidamente a segurou pelo pescoço, empurrando mais fundo, jorrando as últimas gotas em sua garganta.

A chuva continuava e ja estava bem escuro. Aline não achava sua calcinha e sua blusa estava rasgada.

- Você é mesmo um macho de verdade, disse.
Ele a segurou pelos braços e cuspiu em seu rosto.
- Vadia.. gurias como você só dão para filhinhos de papai que nem foder sabem e se emocionam todas quando acontece algo diferente.

Ele a jogou no chão e disse:
- Quer q eu te foda denovo?
- Sim, quero... Muito, quero gozar em ti.
- Puta, fica de quatro para mim.

Ela se pôs de quatro como uma cadela, ele abriu bem sua bunda, e mijou em seu cu ainda sujo de merda e sangue.

- É assim que trato as piranhas.

Ela queria mais, chegou perto dele, escorrendo mijo, com gosto e hálito de porra e pediu:
- Me fode mais uma vez.
- Sai daqui, cadela.
Ela pos a mão sobre o pau dele e pediu mais muitas vezes, até o momento em que o homem irritou-se e a escorou nas paredes do prédio.
- Quer meu caralho denovo?
- Sim, agora.

Nisso algumas pessoas passaram na rua, olhando para os dois.
- Meu Deus, me viram aqui contigo.
- E daí, vagabunda? Não queria transar?tu vai ver agora.
Ergueu sua perna, rasgando parte da saia preta que já estava suja e meteu novamente nela.
A chuva estava parando e as pessoas estavam passando. Gozaram rápido, ele, a lambuzando de porra, escorrendo entre as pernas, ela gozou como nucna havia gozado antes.
Ao terminarem, ele fechou o ziper e foi embora.
Ela, suja de porra e mijo, fedendo, suja, com as roupas rasgadas, pegou sua bolsa, foi para a rua, chamou um taxi e foi para casa, pensando naquele homem, que realmente a fez mulher.

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Sobre saudade

Nunca mais sentirei o cheiro das noites que passávamos na sacada da vó
Não sentirei mais o sabor daquele cigarro que estava perdido na gaveta da Kátia
Nunca mais andarei naquelas ruas como andávamos
O ônibus não passará mais...
Aquele sorvete não terá mais o mesmo gosto
As noites na varanda... os cadernos... o cheiro dos livros...
Nunca mais terei esperança.

Um pedaço de mim morreu quando esqueci dos sabores e gostos da minha juventude;
O que me resta são os anos de escuridão e podridão que me esperam.

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Conversas paralelas

Hoje, na parada de ônibus tirei alguns momentos para ouvir conversas alheias pela metade.

Papo 1:
garota baixinha e bonita com um rapaz baixinho e com um tique nervoso irritante
Ela contava sobre as aulas numa auto escola, e de como era difícil alcançar os pedais, ele dizia que os instrutores eram estúpidos com as meninas e que deveria haver um instrutor para homens e uma instrutora para mulheres. Ela olhava freneticamente o ônibus. Quando ela se foi, ele e juntou a um outro rapaz.

Papo 2:
Garoto alto recém saído da adolescência e garota metida a burguesa.
Ela dizia como era bom fazer chapinha e como ela odiava seus cabelos pela manhã. Ele comenta que a namorada faz chapinha, mas que ele odeia. Agora uma coisa bonita: ele disse que adorava os pseudo cachinhos que ela tinha, a maneira como caíram no rosto e de como era bonito ver ela passando os dedos pelos cachinhos.

Papo 3:
garota magra falante e rapaz quieto
Ela fumava um cigarro atrás do outro, ele não falava muito. Ela comentava como as aulas de alemão são entediantes e como os colegas são chatos. Ele não comentava.

Papo 4:
quatro meninas parecidas entre si, garotas de bairros do interior
Uma delas dizia que havia mandado uma carta para o jornal local dizendo que os horários do ônibus estava ruim, que deveriam haver mais ônibus em horários diferenciados. A outra menina começa a comentar de uma festa que foi e que conheceu um menino legal e a outra pede se ele tem carro. Micro-onibus chega, embarcam falantes.

Papo5:
uma casal baixinho, ele moreno ela também.
Eles não conversaram a linguagem habitual, mas usaram a língua.

Papo 6:
eu comigo mesma.
puta merda!

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CIAO!

Hoje mesmo, no ônibus estava pensando como era bom morar nesta cidade há alguns anos atrás.. Não morávamos em pequenas prisões, erámos livres para poder bater à porta do vizinho quando quiséssemos, as crianças ainda podiam andar de bicicleta pela rua ... e neste momento uma forte lembrança surge à minha mente.
Ainda sinto o gosto das noites que passava com meus pais na varanda de casa, o cheiro da noite, meu tio que descia correndo da casa dele para se unir a nós, as brincadeiras, os cachorros de rua que entravam no pátio, os bêbados que às vezes amanheciam em nossa grama.
Me doi saber que meus filhos não sentirão o gostinho que eu sentia em passar as noites na com a minha família, sem medo de que algum marginal escroto ou pedinte nos batesse á porta. Meus filhos terão que ser criados como animais enjaulados, enquanto os verdadeiros animais estão fazendo as coisas que nós poderíamos estar fazendo??

O ponto que quero chegar com esse "remember" é que a situação em Caxias está insustentável. Tive que criar um pequeno mapa mental de pontos onde não posso nem pensar em passar, por estar habitado por pessoas - se é que podemos chamar de pessoas estes animais- que vivem só para fazer o mal egoísta que foram designadas pelo sistema em que vivem.
Eu, que nasci e me criei nesta cidade tenho que me esconder de pessoas que chegaram ontem aqui e que já se sentem donas do lugar?? NÃO!

Estes que vêm de fora, acham que sabem das coisas, mas sinto muito informar-lhes que não sabem. Estes surgem com um conhecimento abaixo da média, com um gene podre, pois são filhos do pó, criados em meio a sujeira e esta sujeira, este lixo entrou em seu sangue e agora é parte de seu DNA.

A cidade está com um ar diferente, já não a reconheço mais, a sujeira destes lixos que andam e falam está impregnada em cada prédio, em cada rua, em cada calçada, abafando os que tentam por ela andar.

Estes seres de QI abaixo da média são aqueles que começam a se drogar e aprontar, uma vez que a pedra está muito barata em Caxias, e como se numa espécie de força de baixo, crescem cada dia mais. São pequenas carcaças perigosas que estão esperando o dia em que alguém se revolte de verdade e faça uma chacina neste lixo, mandando para a reciclagem, para pessoas de bem que precisam viver e que, vivendo não fariam mal a ninguém.

Não sei se este é um karma q devo carregar, se é uma afronta á cidade que cresceu e que não soube administrar este crescimento ou se o mundo está perdido mesmo..
.. se estiver perdido..
pára tudo que eu quero descer!

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amores platônicos 1

Ontem, voltando para casa, estava me lembrando de um dos meus primeiros amores platônicos fortes.



Eu tinha uns 14 anos e ainda morava atrás da casa da minha vó, onde ao lado esava em construção uma empresinha de softwares ou sei la o que diabos com computadores. Todos os dias, do pátio eu observava um certo moço que sempre estava no prédio observando os pedreiros trabalharem. Detalhe, sempre via ele de longe.

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NÃO É PÁSCOA, MAS ENFIM...

De olhos vermelhos, (o bicho tava doidão!!)
De pêlo branquinho, (deve ser coroa também!!)
De pulo bem leve, (boiola!!!)
Eu sou o coelhinho, (aham, ta bom...)
Sou muito assustado, (uuuuuuuuh.... nooossa!)
Porém sou guloso, (hummm... ai tem!!)
Por uma cenoura... (assumiu...)
Já fico manhoso. (definitivamente boiola.)
Eu pulo pra frente, eu pulo pra trás (versos altamente eróticos...)
Dou 1000 cambalhotas (Kama-Sutra!!)
Sou forte demais! (pit-boy!!)
Comi uma cenoura (assumiu meeeesmo!!!!)
Com casca e tudo (com proteção pelo menos...)
Tão grande ela era... (aff...)
Fiquei barrigudo!!! (Aaaaaaahhh bom... era coelha!!!)

(me obriguei, achei legal )

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"o pára-brisas cheio de lágrimas, a chuva que molha nosso peito nu, e juntos nos ajoelhamos na escuridão no meio do tráfego noturno do paraíso"

Allen Ginsberg - Automóvel verde

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SOBRE O SOL

gosto do gosto dos morangos maduros ao sol e das cores de cada pétala de rosa quando chove;
o sabor da chuva deixa minha vida mais temperada e seu cheiro na terra, me enche de luz.

só sinto paz quando estou em meio à pureza
e sob o sol escaldante de uma tarde de fevereiro comendo morangos, pisando na terra úmida e observando as flores.

toda a minha paz foi tirada de mim,
vivo no meio ao lixo, rodeada de coisas particularmentes repugnantes...
gostaria de poder ter o poder de conseguir matar um a um dos que apenas vivem por viver
e que jamais sentiram
o sol escaldante de uma tarde de fevereiro
comendo morangos mornos
pisando na terra ainda úmida
observando a cor da flores
ouvindo o vento nos cabelos
ainda que quente a tarde é agradável
e sigo por entre as árvores em minha viagem mental...

Era dezembro e a chuva havia à pouco parado. Férias de colégio e minha vida toda pela frente. Ainda observava o mundo com os olhos infantis que mesmo inocentes, sabiam das coisas feias.
Andava pelo barro e passava por entre as árvores, sacudia seus galhos para sentir a água em meu corpo respingando em meu vestido azul de menina. O sol devagar surgia entre as nuvens e os esboço de um arco-íris aparecia no céu. Eu, em minha inocência de criança, fiz um pedido, confundindo com a história de estrela cadente, e pedi que as coisas bonitas jamais fossem tiradas de mim.
Caminhava entre as flores e entre as árvores carregadas de frutas de verão, até que
CAÍ
caí de cara no chão, o sangue escorrendo de meu nariz, me fez voltar a realidade e parar com esse sonho estúpido.

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Ela acreditava que as coisas ruins que ficavam presas em seu corpo sempre aumentavam de tamanho, podendo inclusive tomar conta, tal como um câncer. Não que tivesse medo, mas temia pelas pessoas queridas ao redor, ninguém tinha a obrigação de saber cada um de seus ódios ou cada uma de suas angustias.

Sentia vontade de abrir cada pedaço com uma gande faca enferrujada e tirar de si os excessos, o excesso de gordura, o excesso de tristeza e em seguida queimar-se para acabar com toda essa feiúra.

As pessoas a achavam exótica, com seus olhos de cigana, castanhos e profundos, sempre dominados de uma doce melancolia, como se sempre procurando algo além. Tinha longos cabelo castanhos e uma pele muito branca, o cabelo era como se uma moldura para aquele rosto que parecia ser esculpido em madeira.

Namorava um rapaz que a tratava mal, não lhe dava atenção e nem carinho. Quando ia ao cinema, sozinha, pois o moço não gostava do filme que ela gostava, observava em silêncio os casais namorando, excitados e sentia vontade de morrer.
Para ela o que sobrava eram transas rápidas e muita agressão.. Sabia que merecia cada tapa e cada esguelamento, gostava de ser machucada, era uma coitada. O namorado sabia disso e a tratava feito lixo.

Nunca experimentou a paixão e nem o amor. Era vazia, o namoro de anos não a deixava feliz, sempre tinha algo faltando. Falava do tesão que uma moça de 20 e poucos anos deveria sentir, falava da esperança de um dia se alguém, da tristeza que sempre passava.

Mas a tristeza continuava, dia após dia, durante toda sua vida.

Pensava em se matar, pensava em fazer várias coisas.. e não fazia nada, era um fracasso.

Gostava de torturar-se a si mesma, com queimaduras, cortes, fome e magoando a si própria.. Sua vida era abortada por ela mesma.
Olhando suas fotos, sentia repulsa pela criança bonita que se tornou a adulta abominável.
Sabia que quem pensa em suicídio raramente se mata. Mas, para ela, a vida acabara no instante em que nasceu. Nada fazia, nada deixaria.

Não havia lugar para ela, deveria apodrecer e sumir.. sabia disso. Era apenas um impecilho a família, já que tinham vergonha de sua feiúra, ao namorado, que teria que comprar um saco de areia para descontar a raiva.

Achava que não teria coragem, mas teve.

Vestiu seu belo vestido verde com uma sandalia prateada, que a deixou particularmente bela, maquiou-se, foi no meio das flores do jardim, e lá, estourou seus miolos. Seu sangue uniu--se ao lugar de onde jamais deveria ter sido retirado.

O mundo e a cabeça nunca foram generosos com ela.

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Cães sem pátria

moro em uma cidade que não se preocupa comigo
qualquer estranho é prioridade enquanto definho
sou pessimista por causa desse ar de cidadezinha grande
mesmo sendo apenas uma cidadezinha escrota de caipiras.

eis que ao ver ao meu redor
cada dia mais vejo pessoas que nada me dizem
pessoas que parecem cachorros
cachorros de rua e sarnentos, que buscam refúgio nesse imenso canil

eu, como nasci aqui, tenho raça
e os coitados sem pátria, são apenas cães vagabundos
com seus olhinhos amendoados
e suas caras de coitados

às vezes tenho vontade de morrer
morrer por todas as coisas feias que me cercam
e por todas as coisas bonitas que não vejo.

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