quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

SOBRE O SOL

gosto do gosto dos morangos maduros ao sol e das cores de cada pétala de rosa quando chove;
o sabor da chuva deixa minha vida mais temperada e seu cheiro na terra, me enche de luz.

só sinto paz quando estou em meio à pureza
e sob o sol escaldante de uma tarde de fevereiro comendo morangos, pisando na terra úmida e observando as flores.

toda a minha paz foi tirada de mim,
vivo no meio ao lixo, rodeada de coisas particularmentes repugnantes...
gostaria de poder ter o poder de conseguir matar um a um dos que apenas vivem por viver
e que jamais sentiram
o sol escaldante de uma tarde de fevereiro
comendo morangos mornos
pisando na terra ainda úmida
observando a cor da flores
ouvindo o vento nos cabelos
ainda que quente a tarde é agradável
e sigo por entre as árvores em minha viagem mental...

Era dezembro e a chuva havia à pouco parado. Férias de colégio e minha vida toda pela frente. Ainda observava o mundo com os olhos infantis que mesmo inocentes, sabiam das coisas feias.
Andava pelo barro e passava por entre as árvores, sacudia seus galhos para sentir a água em meu corpo respingando em meu vestido azul de menina. O sol devagar surgia entre as nuvens e os esboço de um arco-íris aparecia no céu. Eu, em minha inocência de criança, fiz um pedido, confundindo com a história de estrela cadente, e pedi que as coisas bonitas jamais fossem tiradas de mim.
Caminhava entre as flores e entre as árvores carregadas de frutas de verão, até que
CAÍ
caí de cara no chão, o sangue escorrendo de meu nariz, me fez voltar a realidade e parar com esse sonho estúpido.

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