sábado, 26 de setembro de 2009

MINI MONÓLOGO DO FINAL PARA UMA ALMA INÚTIL.

O fim de tudo mistura-se com o sabor de café que ainda tenho na boca e com seu último beijo. A essência do meu ser, consiste em fingir que tenho uma vida e fingir que tenho coragem para acabar com a vida que finjo ter, finjindo, assim, ter paz.
Ando lentamente pelo precipício, olhando-o fundo e desejando me afundar cada vez mais na lama que me acompanha. A lama com os ossos de todos que maltratei corrói minha pele e minha força esvai-se.
Desço devagar...
Atravesso o precipício...
E ando até meu ar acabar.

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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Glória nua, glória nua
envolta em sujeira e em lixo,
és triste e corrompida.

Até onde fostes por teu esplendor?

Foste ao mais baixo nível do ser humano
e tentou retornar,
e retornou.

Podre, corrupta e suja.

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009


aham

hoje é meu aniversário



aaaaaaaaaa

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“Nunca peça para o céu

roubar nossos corações”

Enquanto caminhava pelos campos verdes de minha alma

Senti que estavas ao meu lado

Mesmo sem te conhecer

Tu eras mais forte que eu.

Em ti, sinto o gosto do morango maduro ao Sol

E o frescor de uma tarde chuvosa,

Tal como seu suor em meu corpo.

Às vezes sinto esperança na memória perdida.

Quando fui ao mar de meus pensamentos contigo

Sempre fostes o mais delicioso sentimento,

A distância das estrelas é tua,

Para mim, apenas os restos de mais uma hora que não se passa.

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terça-feira, 21 de julho de 2009

C.I.N.T.I.A.

Cíntia, sinto muito pela sua vida
Sua infância acabou
E você sente dor
Sentia dor...
A maquiagem se borrou
As bonecas se perderam
E seu amor fugiu pelo rombo que há em seu coração.
Cíntia, você deveria ter respeito pelos seus sentimentos
Às vezes é bom seguir o coração
E não confiar na bondade de estranhos.
Não adianta se enganar
Todos sabem que tudo acabou
Seu brilho se apagou.
Não descasque a ferida
Você sabe que o fim está próximo
Você não merece essa vida.

O fim chegou e tudo continua igual,
Acende teu último cigarro,
Veste tua calça nova,
Cíntia,
Teu corpo jovem e cru
Estendido na rua
Cíntia, você não merecia essa vida.

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Motivos, razões e outro tanto...

Enquanto a senhora, já muito batida com os efeitos do tempo limpava os restos do cérebro de sua filha no chão do quarto, tentava imaginar o porquê que a menina se suicidara.
Lembrou da gestação tranquila, do amor depositado naquele feto, de todas as fraldas e roupas felizes. Quando cresceu, apesar do amor dos pais, ela sempre fora quieta, fria e até mesmo melancólica. Ambos progenitores não conseguiam entender a infelicidade daquela ingrata. Cresceu, foi à escola, aprendia tudo, estudava. Frequentou psicólogas e nada. O primeiro susto aconteceu quando ela tinha apenas 8 anos: tentou enforcar-se com a corda que brincava. O pai, apavorado, jamais vira algo assim.
" Aquela menina tem o diabo no corpo" " Soube que ela tentou matar os pais" " Soube que ela foi estuprada" Mas vc sabe, vizinha, que essa guria só nasceu assim porque os pais fizeram bruxaria!?"
Os vizinhos não ajudaram na imagem da menina no bairro e no colégio, e sem tardar foi taxada de " maluca", " satânica", " doidinha" e assim por diante.Os pais mudaram-se daquele bairro e foram para outro lugar. Ela sempre indiferente.
A menina amava seus pais, sim, e muito. O problema é que ela não conseguia demonstrar isso na linguagem comum, a que estamos acostumados a ouvir.Adolescente, bonita, alta, esbelta, longos cabelos cacheados, como uma boneca. Uma boneca cheia de machucados nos pulsos, com profundas olheiras- já que dormia menos que o normal adolescente, doente - pois ela comia menos que o normal adolescente. Os pais relutaram, a menina relutou, mas teve que tomar remédios para dormir e para abrir o apetite.
-Ninguém gosta de remédios, eles só pioram as coisas...- disse a mãe.
- Eu não me importo.- dizia a filha.
Cresceu, adulta. Trabalhava em uma loja, no estoque, no meio das caixas, no escuro. Os pais queriam que ela tivesse vida social, que namorasse, que brincasse e que sorrisse. Mas ela estava cada vez mais morta. Saiu com um rapaz simpático, bonito e que realmente gostava daquele jeito reservado da mocinha. Foram ao cinema, comeram pizza e ela falava apenas o essencial e dava sorrisos amarelos. Ele a beijou e ela não abriu a boca. Ele desistiu. Continuava com sua vida que desgastava a de todos ao redor. Ainda amava os pais e os demais, mas não queria falar.
Sentiu muito frio naquela noite. Levantou-se, apanhou o revolver que comprou utilizando seu salário, sentou-se na cama. Escreveu uma carta de desculpas aos tão dedicados pais, penteou o cabelo e, depois de anos, sorriu, gargalhou, chorou de tanto rir.
Os pais, emocionados, ouvindo as gargalhadas, correram ao quarto branco da jovem, guiados pela leve risadinha. Quando abriram a porta, a menina estourou seus miolos. O sangue , muito vermelho, sujou as paredes brancas. O pai, desesperado, correu de encontro a filha, a abraçou, beijou, chorou:
- Onde erramos?? Ela teve muito amor sempre, e nos amava! Porquê?????
O sangue empapou o pijama azul de barquinhos que ele vestia. os pedaços de seu crânio, cuidadosamente gerado por eles, se desfez como gelatina ao sol. A mãe estava paralisada. Caminhou à cozinha, roboticamente, telefonou à polícia, foi pegou um balde, água , pano e começou a limpar a sujeira. Ela não conseguia pensar, nem falar. O pai, desesperado, colocou a pálida carcaça sobre a cama, e rezou , acendeu velas, beijava freneticamente a mão delicada da menina.
A mãe, limpava os restos da cabeça da filha que ainda estavam no chão.

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sexta-feira, 10 de julho de 2009



dica de site: http://www.psyke.org/pictures/

o site funciona da seguinte maneira: você tira fotos de seus cortes, cria uma pastinha e compartilha com as pessoas curiosas (como eu) que se deliciam com a sua dor.

divertido né?

vale o clique.

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